quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A bolsa amarela - Lygia Bojunga


            Viver a infância é a condição necessária para avançar às outras etapas do desenvolvimento de forma sadia. É nesse primeiro estágio que fantasiamos um mundo só nosso onde a principal regra é a imaginação. Lygia Bojunga nos mostra através da personagem Raquel o universo da infância. Nesse espaço nossa protagonista busca viver este momento pondo em prática toda sua criatividade. Porém, um antagonista, o universo adulto, parece querer frustrar sua inocente tentativa de fantasiar sua realidade.

            E esse conflito aumenta quando três vontades de Raquel (a vontade de ser escritora, de ser gente grande e de ter nascido menino) começam a crescer de formar que ela se vê desesperada em externá-las. A vontade de escrever sobressai sob as outras e Raquel deixa-se levar saindo escrevendo histórias mirabolantes. Um dia uma de suas irmãs descobre suas histórias, repassa para os outros membros da família e sua casa vira um verdadeiro fuzuê. Sua família começa a encher sua paciência por causa de suas histórias por não ter nem pé nem cabeça e isso a deixa extremamente chateada porque ninguém gosta de suas histórias, por isso ela resolve que não vai mais escrever. E o resultada dessa confusão toda é que ela acha a vida adulta melhor por ninguém fica pegando no seu pé.
 
            Outro episódio que alimenta a vontade der ser grande é quando uma tia manda uma caixa recheada de presentes e que nenhuma dessas coisas sobre para ela. E quando pergunta por que não poderia ficar com alguma coisa logo respondem que não tem nada para criança. Porém, só que dessa vez ela tem uma grande surpresa. Uma bolsa amarela é rejeitada por todos e é oferecida para Raquel.
            Esse presente transforma toda sua vida. Agora ela poderia colocar qualquer coisa em sua nova bolsa e ela vê a oportunidade para esconder suas vontades para que ninguém as descobrisse. Com ela também novos personagens vão aparecendo ao decorrer da história. Essas amizades ensinam como transformar a relação com sua família de forma a melhorar a relação com todos.  A principal lição é a que crescer não é um bicho de sete cabeças e que é possível conciliar estes universos de forma harmônica.
 Leitura iniciada em 26/07/2012 e terminada em 30/07/2012, o livro contêm 135 páginas.