sábado, 10 de março de 2012

O grande massacre de gatos


            Entender a mentalidade de gerações muito antigas é uma tarefa árdua e delicada. O anacronismo é o leão faminto que ronda trabalhos deste tipo, fora todo nosso aparato cultural que pode influenciar bastante nessas releituras.
            Esse livro é um grande ensaio, onde o autor nos transporta para a França do antigo regime no século XVI e XVIII, onde busca uma maneira de nos inserir nas mentalidades, medos e anseios das classes populares dessa época.
            O título dessa obra refere-se a um episódio que aconteceu em uma gráfica, em que todos os funcionários, que não levavam uma vida fácil e viviam em condições inferiores aos gatos de seus patrões se revoltaram com essa situação humilhante e exterminaram grande parte desses animais que viviam nos arredores do local de trabalho e inclusive os gatos preferidos de seus patrões.
 Graças à boa sorte desses infelizes funcionários não existia o Green Peace, se não eles estariam muito lascados. Bem, como eu havia dito antes não cabe a nós julgarmos esse comportamento, por estarmos em muitos anos de transformações culturais e sociais à frente dessa sociedade, podemos sim fazer uma tentativa de compreensão desse código social, apesar de muitas vezes frustrante.




Leitura iniciada dia 15/02/2012 e terminada em 03/03/2012, o livro possui 364 páginas.

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