quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Gabriela, cravo e canela

Fui com minha mãe um dia desses no supermercado Extra e o livro estava de promoção. Aí mamys foi e me deu =D

Todo brasileiro que se preze deve ou deveria saber sobre a história de Gabriela e do grande Jorge Amado. Gosto muito do jeito que ele escreve, já tinha lido alguns livros dele e confesso que me interessei mais por Gabriela depois de ver a novela que está passando na Globo.

Gabriela, cravo e canela conta a história de Ilhéus, uma cidade em ascensão na Bahia. O livro foi escrito em 1958, mas a história se passa na década de 20. O cacau é a fonte de riqueza da cidade. Gabriela é uma mulata com cor de canela e cheiro de cravo, que chega do sertão e é contratada pelo árabe Nacib para cozinhar em sua casa e no Bar Vesúvio, do qual ele é dono. Eles acabam se apaixonando e vivem um amor cheio de cores. É lindo a descrição do amor dos dois.

Além da história do casal, o livro trata de vários outros personagens, como vocês podem ver na novela. Tem o coronel Ramiro Bastos, que é o manda-chuva de Ilhéus. O coronel Jesuíno, que é casado com Sinhazinha, que tem um caso com o dentista Osmundo. Jesuíno mata os dois e é o primeiro condenado em Ilhéus.

Tem o Bataclã, o bordel da cidade, onde todos os homens vão para as animadas noites. O livro só cita Maria Machadão, Zarolha e umas outras duas, e bem superficial. Na novela tem toda uma história, mas é baseado né, eles não seguem a risca o livro.

Tem vários outros personagens: Mundinho Falcão, inimigo político de Ramiro. Jerusa, neta do Ramiro, que no livro não tem nenhum envolvimento com Mundinho. Tem a Malvina, jovem que está com o pensamento além do seu tempo, não quer casar e ficar como empregada do marido o resto da vida, ela acaba fugindo da cidade e indo trabalhar em São Paulo. Tem o professor Josué, que a princípio se apaixona por Malvina, mas como ela não lhe dá idéia, ele acaba se engraçando com Glória, uma ex-prostituta que é bancada por um coronel. Os dois acabam sendo expulsos da cidade. Tem as duas solteironas, as irmãs dos Reis, que fazem quitutes como ninguém, e vários outros. No livro não tem o Juvenal, muito menos a Lindinalva, não sei de onde os autores da novela tiraram esses dois.
 É muita gente em um livro só. Jorge Amado sabe te prender no livro. Ele trata da política, das brigas, dos amores, de uma forma como ninguém. Você acaba querendo estar na vida dos personagens, muito bom! Como é um livro de 1958, tem a linguagem antiga, mas ele não é tão difícil de ler. Mas tive que recorrer ao dicionários várias vezes para entender algumas coisas.

To de férias, mas demorei pra caramba pra ler..rs. Li do dia 05/08 ao dia 22/08/2012. O livro tem 334 páginas.

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